As mãos que seguram a ordem e o progresso
Olho no calendário. Falta menos de uma semana para, mais uma vez, cumprir um de meus deveres de cidadã brasileira. Um tanto quanto envergonhada, lembro que não estou decidida em minhas escolhas.
Há quatro anos me tornei eleitora. Ainda não havia completado dezoito anos, mas a sede por ajudar a definir o futuro do meu país era muito maior que a espera pela obrigatoriedade do voto. Sem dúvidas, apertava número a número e confirmava. Um momento único, assim como de um ovo quebrando ou uma bomba explodindo.
Bastou passar um tempo e começaram a aparecer os crimes contra o povo, chamados de corrupção. Outro momento único se criava: impotência e burrice assolavam meu ego. Eu havia feito tudo errado e ajudado a prejudicar um país inteiro.
Cartazes pelas ruas e correntes de e-mails na internet me convidam a optar pelo voto nulo. Acredito que desta forma estarei sendo mais impotente ainda, pois após duas décadas de ditadura e toda a luta de brasileiros para ter um país com liberdade para escolher seus governantes, e eu me abster deste direito...Já sei que até o dia 1º de outubro estarei em meio a pontos de interrogação. Não quero mais decepção. Para isso tento ser mais cautelosa que há quatro anos atrás. Ainda que, isto não interfira na minha esperança de viver sob ordem e progresso. Eu tenho a certeza que isto está nas minhas mãos.
Olho no calendário. Falta menos de uma semana para, mais uma vez, cumprir um de meus deveres de cidadã brasileira. Um tanto quanto envergonhada, lembro que não estou decidida em minhas escolhas.
Há quatro anos me tornei eleitora. Ainda não havia completado dezoito anos, mas a sede por ajudar a definir o futuro do meu país era muito maior que a espera pela obrigatoriedade do voto. Sem dúvidas, apertava número a número e confirmava. Um momento único, assim como de um ovo quebrando ou uma bomba explodindo.
Bastou passar um tempo e começaram a aparecer os crimes contra o povo, chamados de corrupção. Outro momento único se criava: impotência e burrice assolavam meu ego. Eu havia feito tudo errado e ajudado a prejudicar um país inteiro.
Cartazes pelas ruas e correntes de e-mails na internet me convidam a optar pelo voto nulo. Acredito que desta forma estarei sendo mais impotente ainda, pois após duas décadas de ditadura e toda a luta de brasileiros para ter um país com liberdade para escolher seus governantes, e eu me abster deste direito...Já sei que até o dia 1º de outubro estarei em meio a pontos de interrogação. Não quero mais decepção. Para isso tento ser mais cautelosa que há quatro anos atrás. Ainda que, isto não interfira na minha esperança de viver sob ordem e progresso. Eu tenho a certeza que isto está nas minhas mãos.