O jargão “com a cabeça na lua” concretizou-se há 40 anos, quando dois astronautas estadunidenses chegaram ao satélite natural da Terra. Até hoje há quem duvide de tal façanha. Para não entrar em atritos, convido-os a viajar para o mesmo destino, através de algumas músicas.
Meu convite não é nada moderno, afinal Celly Campelo já narrava suas peripécias lá nos anos 60: “Tomo um banho de lua, fico branca como a neve, se o luar é meu amigo, censurar ninguém se atreve. É tão bom sonhar contigo, oh! Luar tão cândido”. Eu também evocava a bolinha prateada lá de cima, há uns 20 anos atrás, quando acompanhava a Xuxa: “Lua de cristal que me faz sonhar, faz de mim estrela que eu já sei brilhar. Lua de cristal nova de paixão, faz da minha vida cheia de emoçããããão”. Também não poderia faltar aquele famoso astronauta – o de mármore, entoado pelo Nenhum de Nós, que avisa: “A lua inteira agora é um manto negro Oh! Oh!”.
O tempo passou, os ritmos mudaram mas o tal satélite mantinha-se em alta, como Katinguelê mostrou, através do pedido: “Lua vai iluminar os pensamentos dela, fala pra ela que sem ela eu não vivo, viver sem ela é meu pior castiiiigo”(isso aí, todo mundo com a mãozinha pra cima e fazendo o passinho).
Duas bandas bem legais também resolveram utilizá-la para falar dos amores e devaneios, como “Tendo a lua, aquela gravidade aonde o homem flutua, merecia a visita não de militares, mas de bailarinos e de você e eu”, que chegou aos nossos ouvidos pela voz de Herbert Viana, em 1991. E saber que, “hoje a noite não tem luar e eu estou sem ela, já não sei onde procurar, não sei onde ela está”, combinado com a voz triste do Renato Russo, completa.
Para os mais modernos, a lua tornou-se presente: “não há no mundo quem possa te dizer
que não é tua a lua que eu te dei, pra brilhar por onde você for”, garante a presenteadora Ivete Sangalo. Há ainda quem desqualifique o satélite como mau caráter. Joelma e o Calypso que o digam afinal, “a lua me traiu! Acreditei que era prá valer. A lua me traiu!
Fiquei sozinha e louca por vocêêê... aaaah aaaah”.
Ao pesquisar, percebi que há muita música que se utiliza da lua pra poetizar. Não cabiam todas neste espaço, portanto, optei pelas mais conhecidas. Dentre todas, há uma muito fofa, que por muitas vezes me identifico: “Lua Cheia, fica doida, Lua Cheia, vamos namorar. Lua Nova, vida boa, Lua Nova, ela quer casar”. Sim, é Lua Nova.