É tarde de Carnaval infantil. Ana Carolina, na inocência de seus quatro anos, chega em casa exclamando:
- Ouvi uma coisa absurda!
- O quê?
- Uma música que tocou lá no Carnaval...
- Mas por que era absurda? O que dizia?
- Eu não sei toda, mas tinha uma parte que dizia 'bebê, caí e levantá'.
- Mas e daí?
- Ora! Se o bebê cair ele vai chorar, ele não vai saber levantar.
Pois então, venha me dizer que a música não influencia as crianças. Depois deste comentário, a pequena ficou mais uns dois dias cantando a tal canção. Não compreendo o que leva um adulto a executar esse tipo de som em uma festa infantil. Porque não pára por aí. É o tal de “créu créu créu” ( que os pequenos sabem toda a coreografia!), Kelly Key com “a gente sai... a gente sai escondido pra beijar na boca e fazer amor” e o próprio “beber, cair e levantar”, que digamos que não é das melhores influências para quem está formando sua personalidade.
Costumo dizer que a Xuxa foi minha babá, pois era sagrado meu encontro com ela todas as manhãs. E podem dizer que ela fez filme erótico, que usava pouca roupa e isso e aquilo. É verdade, eu sei, porém uma criança não assimila esse tipo de informação e sim a idéia de que “tudo que eu quiser eu vou tentar melhor do que já fiz, esteja o meu destino onde estiver, eu vou tentar a sorte e ser feliz”, entoada na voz da rainha dos baixinhos. Além dela, outros nomes construíram um legado de músicas próprias para a faixa etária menor, como Trem da Alegria e Balão Mágico. Inclusive as histórias de amor eram cantadas com maior meiguice, onde a proposta era “cola o teu desenho no meu pra ver se cola, cola o teu retrato no meu e me namora”. Até o seriado Chaves, embora se utilizasse da violência tosca (pipipipipipi), possuía uma trilha sonora agradável aos pequenos ouvidinhos. (Que bonita sua roupa, que roupinha mucho louca...)
Sinto uma carência no mercado fonográfico infantil, e parece que não há interesse em ser suprida. Duvido que um pai ou uma mãe prefira comprar um CD do MC Créu pro filho de três anos ouvir, do que um próprio para o mundo infantil. Há pouco tempo foi lançado um disco intitulado Canções de Ninar, direcionado para os pequenos, no qual, dentre elas, estava “Ursinho de Dormir” do Armandinho, música que possui a seguinte frase “eu tenho um beck pra depois”. Chega a ser ridículo...Mais do que irritada, torço, aliás, sou líder da torcida para que as gravadoras tornem a explorar este nicho de mercado. E que seja antes dos meus filhos virem ao mundo, senão vão me achar breguíssima quando eu contar que aprendi a ler e escrever com Abcdário da Xuxa...
- Ouvi uma coisa absurda!
- O quê?
- Uma música que tocou lá no Carnaval...
- Mas por que era absurda? O que dizia?
- Eu não sei toda, mas tinha uma parte que dizia 'bebê, caí e levantá'.
- Mas e daí?
- Ora! Se o bebê cair ele vai chorar, ele não vai saber levantar.
Pois então, venha me dizer que a música não influencia as crianças. Depois deste comentário, a pequena ficou mais uns dois dias cantando a tal canção. Não compreendo o que leva um adulto a executar esse tipo de som em uma festa infantil. Porque não pára por aí. É o tal de “créu créu créu” ( que os pequenos sabem toda a coreografia!), Kelly Key com “a gente sai... a gente sai escondido pra beijar na boca e fazer amor” e o próprio “beber, cair e levantar”, que digamos que não é das melhores influências para quem está formando sua personalidade.
Costumo dizer que a Xuxa foi minha babá, pois era sagrado meu encontro com ela todas as manhãs. E podem dizer que ela fez filme erótico, que usava pouca roupa e isso e aquilo. É verdade, eu sei, porém uma criança não assimila esse tipo de informação e sim a idéia de que “tudo que eu quiser eu vou tentar melhor do que já fiz, esteja o meu destino onde estiver, eu vou tentar a sorte e ser feliz”, entoada na voz da rainha dos baixinhos. Além dela, outros nomes construíram um legado de músicas próprias para a faixa etária menor, como Trem da Alegria e Balão Mágico. Inclusive as histórias de amor eram cantadas com maior meiguice, onde a proposta era “cola o teu desenho no meu pra ver se cola, cola o teu retrato no meu e me namora”. Até o seriado Chaves, embora se utilizasse da violência tosca (pipipipipipi), possuía uma trilha sonora agradável aos pequenos ouvidinhos. (Que bonita sua roupa, que roupinha mucho louca...)
Sinto uma carência no mercado fonográfico infantil, e parece que não há interesse em ser suprida. Duvido que um pai ou uma mãe prefira comprar um CD do MC Créu pro filho de três anos ouvir, do que um próprio para o mundo infantil. Há pouco tempo foi lançado um disco intitulado Canções de Ninar, direcionado para os pequenos, no qual, dentre elas, estava “Ursinho de Dormir” do Armandinho, música que possui a seguinte frase “eu tenho um beck pra depois”. Chega a ser ridículo...Mais do que irritada, torço, aliás, sou líder da torcida para que as gravadoras tornem a explorar este nicho de mercado. E que seja antes dos meus filhos virem ao mundo, senão vão me achar breguíssima quando eu contar que aprendi a ler e escrever com Abcdário da Xuxa...
Um comentário:
Concordo em gênero, número e grau... Tchê! São músicas ridículas e que as crianças aprendem com a maior facilidade e REPETEM sem a menor noção do que estão cantando. E isso que tu citou um repertório mega reduzido porque ainda existem músicas de menina mostrando a calcinha, bebendo copo de vinho e tantas outras besteiras musicais.
Infelizmente não tenho mais esperanças no cenário musical infantil.. Então digo e repito: meus filhos saberão SIM cantar o abecedário da Xuxa, Ursinho Pimão e tantas outras músicas que me acompanharam e até hoje acompanham em ÓTIMAS RECORDAÇÕES! Tanto é que sei cantá-las até hoje... E uma das mais belas me faz lembrar E MUITO a melhor turma de jornalismo de todos os tempos: SUPER FANTÁSTICO AMIGO QUE BOM ESTAR CONTIGO NO NOSSO BALÃO........
Beijão Fer!
Saudade.... E viva os bons tempos das músicas infantis!
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