segunda-feira, janeiro 07, 2008

Frustração

Bethânia por fim havia se decidido. Ela já sabia do óbvio, mas no fundo... bem no fundo sempre sobrevivia uma mísera esperança. Mas desta vez ela estava decidida. Andava tranquila, sem pensar em bobagens. Lia com maior freqüência, ria com mais vontade. Comia e bebia menos. Parecia estar no caminho certo.
As datas importantes passaram, e ela não exagerou. Mandou as felicitações de uma forma carinhosa, porém distante. Ignorar parecia ser a solução. Fred sempre fez assim... O telefone toca: uma mensagem. Dois segundos e Bethânia tremia, não conseguia passar o lápis no olho, enfiar a chave na fechadura, andar em linha reta. O coração batia descompassado.
Chega tentando parecer natural. Senta no mesmo tempo em que ele levanta e vem cumprimetá-la. Um abraço, dois abraços, quatro abraços. Trivialidades. Descompasso. Tremedeira. Frustrantemente, ela sorri feliz.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Balanço

Num blog que não tem nenhuma proposta diferente, é possível fazer qualquer tipo de postagem comum. E a de balanço do ano que passou não foge à esta regra... Sendo assim,
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Balanço 2007
Foi o ano das viagens: da fuga pra uma casa de campo, de carnaval em pleno Big Brother Brasil e noite na serra com volta às pressas.
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Foi ano de cair de quatro em frente aos estabelecimentos, de invadir quartos, de exigir desconto no churrasquinho, de fazer montinho enquanto a banda toca e de uma grande filosofia: "puxassaquismo não leva a nada!"
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Foi ano de grande amor, de querer ser feliz pra sempre, de aprender o significado de ensemble, assim de descobrir que quem te faz acreditar nem sempre acredita; Ano de conhecer um monstro maléfico e debochado, e que me faz - quase sempre - tão bem; Ano de ver o mundo acordar e a gente dormir (e o dia nascer feliz).
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Foi ano da boca podre ser boca limpa por alguns momentos; De entrar no Theatro e ouvir o trabalho ser aplaudido, ou entrar como uma selvagem pós chuva.
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Foi ano de ditadura militar, de arquivo municipal acompanhada de milhares de ácaros, de entrevistas inesquecíveis, de leituras edificantes e de um documentário produzido.
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Foi ano de perda, de uma torcedora a menos na minha torcida; de uma Oca a menos no meu cotidiano; de uma turma a menos na faculdade.
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Foi ano das grandes pessoas, em destaque as mais do que especiais que se conheceu no último quatriênio, de lembrar já com saudade, de querer reencontro.
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Foi um ano de orgulho, de um mestre querido, de 29 novos jornalistas, de um sobrinho quase lá, de algumas pessoas especiais passarem por provas de fogo, de um 9,7 com gosto de 10,0²³¹²¹²³¹³¹³¹³²¹³¹³²¹.
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Enfim, 2007 foi um ano de preparação, reequilíbrio e encerramento de uma fase. Sei que nada será como antes amanhã...