quarta-feira, março 18, 2009

Até enjoar e nunca mais aparecer


Foram quatro dias de folga para a maioria dos brasileiros (eu ainda acho que folga é para os fracos...)... muita música, samba no pé e axé nos ouvidinhos. O Carnaval, além de fazer o povo se animar, é uma maternidade de sucessos que perdurarão durante o ano. Sempre surge um hit que, posteriormente, será considerado a grande música do verão.
No final da década de 90, rádios e programas de TV abusaram de nossos tímpanos com a tal história de "bate forte o tambor que eu quero é tic tic tac", música do grupo amazonense Carrapicho, criado em 1980, com a finalidade de difundir a música folclórica do Estado. Esse ainda tinha um propósito, mas e o tal do "pinto do meu pai, fugiu com a galinha da vizinha", representação sonora difundida pelo grupo Raça Pura e precursor de coreografias e muitos pedidos nas rádios? O que une um sucesso ao outro? Foi único. Nunca mais se ouviu falar em nenhuma das bandas citadas.
Esse barco que afunda rápido não é exclusivo da atualidade, onde é mais fácil lançar um CD do que dormir. Na década de 60, a música "O bom", foi o grande e exclusivo hit de Eduardo Araújo. Lá por 1994, vinha "o negão, cheio de paixão te cata te cata te cata querendo ganhar todas as menininhas...", através das vozes do grupo Cravo e Canela. Seguindo a mesma tendência, os Virgulóides não passaram pela experiência da fama por uma segunda música. Será que foi por que não descobriram de quem era o bagulho no bumba? A dúvida que permanece é de quem será o próximo grande campeão do troféu efemeridade.

2 comentários:

Marielle Flôres disse...

Fer...
Ainda teve o tal "melô do pirulito" lembra?! Olha o piu piuôoo pirulitôooo ... Ai que ódio!

Hoje ainda me pergunto: e os mamonas assassinas?! Repetiriam o sucesso no segundo cd? Que coisa, não?!

Beijos!

Anônimo disse...

Para os ouvidos, o Carnaval é uma data eminentemente promiscua! Sequer um roqueiro surdo pode conter as contrações involuntárias de um corpo exposto a cores e tambores.