terça-feira, outubro 23, 2007

E de novo a despedida...

Segunda-feira, 18 horas. Vou empolgada me despedir, o expediente terminou. Me surpreendo ao ver ela ali, chorando. Raras vezes eu havia presenciado esta cena. Num primeiro momento resolvi disfarçar (como se alguém fosse acreditar que eu não tinha visto) e passei reto para outra sala. Ao retornar da mesma, chego perto dela, apta a prestar solidariedade seja lá o que tivesse ocorrido.
- Ué o que foi? - eu falo.
- Sexta vamos fazer uma festa de despedida? - ela replica
- (engole seco)Por quê? - eu questiono.
- (limpa as lágrimas) Tô indo embora.
...
O resto do diálogo já não vem ao caso, até mesmo por que foi impossível de entender. Chorei por um desespero - sim, muito egoísta de minha parte - mas parecia que o chão tinha aberto e eu tava indo, novamente, ao fundo de um buraco. Em abril de 2004, foi assim. Eu sabia que era para o meu bem, mas entristeci. Eu sabia que estava diante do começo do progresso, porém o preço que eu estava pagando não foi promocional.

Ela está indo, com as melhores perspectivas. Eu fico por aqui, na torcida que as mesmas sejam superadas. Enquanto isso guardo no meu baú (aquele baú que a gente tem do lado esquerdo do tronco, sabe?) os jogos da rima; as conversas sobre o passado unidas a gargalhadas, fotos e Bohemias; as peripécias da familiOca; a conspiração constante contra as vacas; o compartilhamento das grandes paixões que houveram nesse tempo - os inícios e os fins; o carinho famliar, que por muitas vezes me fez esquecer que ela não era uma Couto; enfim, as atitudes sempre tão simples que permitiu a criação de uma amizade forte dessas que não se terminam por nada.

O choro egoísta é impossível de conter, assim como o ensejo que essa ida seja o primeiro degrauzinho do sucesso. (ang)Ela é mais do que especial e já me faz sentir saudade.

Trilha sonora: Pra ver se Cola - Trem da Alegria

segunda-feira, outubro 22, 2007

Bobagenzinha

Além das bobagens oriundas de minha inspiração, gostei desta nova e resolvi perder tempo fazendo. =P


1º) Pegar um livro próximo (não procureeeeeee);
2º) Abra-o na página 161;
3º) Procurar a 5ª frase completa;
4º) Postar essa frase em seu blog;
5º) Não escolher a melhor frase, nem o melhor livro;
6º) Repassar para outros 5 blogs.

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"Entre esse primeiro livro e o último, Memorial de Aires (1908), percebe-se uma lenta evolução, que faz de sua obra uma das mais importantes de nossa literatura." (falando de Machado de Assis)
Estudos de Literatura Brasileira - Douglas Tufano

Enviado para Elisa, Mana, Vanessa, Bruno, Pedro

*Havia esquecido de citar, mas agora vai: quem me pasosu foi a minha irmã Âng(ela). ;)

sábado, outubro 20, 2007

Não é 1, nem 3, mas que é ímpar... ah é...

Em 2004 minha vida tomou um rumo diferente: sair de casa, morar com desconhecidos, iniciar uma faculdade, conhecer outras pessoas. Neste último ítem, a minha maior lembrança daquela época foi numa aula de cibercultura. Trabalho em grupo, todos se juntaram e sobraram eu, Ana Paula, Elisa e Diogo. Com essa tal de Elisa, eu nunca havia falado. Achava-a meio antipática, metida a moderninha. Nem do trote a criatura participou... diz que veio transferida de outra universidade. Mal sabia eu, que a p**** da cibercultura ia me trazer uma grande pessoa. Com o passar do tempo, passamos a dialogar, ir nas mesmas festas, fazer trabalhos juntas e uma amizade foi se criando. Um processo natural de conhecimento e admiração.
Ambas arianas, brabas e irritadinhas... (heheheheh), apesar disso bem diferentes. Pensamentos, ações, atitudes opostas em muitas situações. E isso não é um empecilho, é um fator positivo. Discutimos, brigamos, discordamos e por isso acredito em amizade verdadeira. Não é por meia dúzia de opiniões conflitantes que deixamos de ser unidas. Sim! Unidas para confidenciar as muitas histórias vividas, para utilizarmos do nosso veneno maléfico (heheheheh), para pedir conselhos, para momentos de diversão, de aflição e de cotidiano.
Elisa é ímpar. O trevo de quatro folhas que tive a oportunidade de achar nessa fase e o futuro que nos espera, não me assusta. Tenho plena certeza que o nosso laço não se desmancha tão fácil. Foi bem soldado com a sinceridade e o amor... grande amor sempre!

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Trilha sonora: Superfantástico - Balão Mágico

domingo, outubro 14, 2007

O processo do surto
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Me aproximo de um momento muito esperado, não só nos últimos quatro anos, mas desde antes, quando tudo era sonho. Ao mesmo tempo, que estes foram os melhores conjuntos de 365 dias - com descobertas, mudanças, pessoas espetaculares, momentos indescritíveis e a tal independência - , foram também os mais trabalhosos - que me exigiram esforços, lidar com situações ainda desconhecidas, estar sozinha quando precisava de uma orientação e quebrar a cara algumas vezes.
Porém nada é comparado à atualidade. Pressão por maior desempenho. Pressão por cumprir prazos. Pressão por rendimentos. Pressão das contas a vencer. Pressão pelo amor não conquistado. Pressão do futuro desconhecido.
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Aí... A Fernanda entra em crise. E chora. E quer de novo aquele abraço apertado que durou só dez segundos. E quer uma palavra de apoio daquela amiga que só mandou ficar calma. E quer assistir aos Simpsons só mais uma vez. E quer uma vida normal de quem tem só 22 anos.
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"Quem sabe eu ainda sou uma garotinha?"